Violência na Nova Zelândia? Que história é esta?
Bom, outro dia assistindo o Jornal da noite na Nova Zelândia, surgiu o comentário do apresentador que havia uma turista da Tchecolovasquia desaparecida há dois dias no Abel Tasman, parque nacional localizado próximo de Nelson na Ilha Sul do país. Este local é admirado por muitos viajantes pela beleza e pela série de atividades que podem ser feitas na região, desde caiaque no mar da Tâsmania, velejar, como caminhadas curtas ou de até 4 dias. É paraíso para trekkers.
No primeiro instante que ouvi a reportagem não me alarmei, afinal de contas diversos mochileiros que fazem trekking em locais inóspitos ou pelo menos remotos acabam não dando notícias ou simplesmente querem curtir a natureza. Bom, pelo menos é essa a minha intenção quando faço trekking. Todavia, a reportagem continuou e o amigo desta turista estava preocupado que a garota estava sumida não exatamente no parque. Ela sumiu quando pegou uma carona.
Neste instante me alarmei. Violência na Nova Zelândia? Não pode ser. As pessoas não podem pegar mais caronas porque é perigoso e você pode ser assaltado ou pior? O país possui mais ovelhas do que pessoas! Os presos costuram em suas horas vagas para passar o tempo na cadeia! O país que possui o logo de 100% pure, com um povo hospitaleiro, informal e aberto a outras nacionalidades e que escolhi para ser minha casa não poderia existir este tipo de situação.
Moro aqui há 9 anos e nunca tinha ouvido coisa parecida. Fiquei alarmada porque não era possível que o vírus da violência tinha se infiltrado até aqui, neste lugar tão longe no mundo?! Saí da sala e fui para cozinha preparar algo com o meu coração apertado - afinal de contas a Nova Zelândia é a minha casa agora!
Quando voltei para sala, minutos depois, a repórter deu a notícia que a turista havia sido encontrada...Não, o vírus da violência não atacou a Nova Zelândia. Ainda existem sim locais em que você pode pegar uma carona. Existe sim um local que as pessoas se cumprimentam na rua. Existe sim um país em que o nível de corrupção é quase nulo.
Fiquei aliviada quando ouvi a repórter e de me certificar que a Nova Zelândia ainda é 100% pura.
Mary Rocha - Fundadora NZEGA, agência de intercâmbio e turismo na Nova Zelândia
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